5ª edição do Mutirão de Reconstrução de Mamilos e Aréolas é realizada na Fundação Hospitalar São Francisco de Assis
15 de Março de 2022
Treze mulheres foram contempladas com as tatuagens 3D; Mais de 40 pacientes já foram beneficiadas gratuitamente com a ação
A Fundação Hospitalar São Francisco de Assis realizou no último sábado, dia 12 de março, o 5º Mutirão de Reconstrução de Mamilos e Aréolas com Técnicas de Tatuagem 3D. A ação tem como objetivo fazer o refinamento da plástica de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que venceram a luta contra o câncer e tiveram a mama reconstruída. Segundo a Coordenadora do Serviço de Mastologia do Hospital, Dra. Lucia Aiko Homma, nesta edição foram atendidas treze mulheres e cerca de 40 pacientes já foram beneficiadas com o mutirão. “As selecionadas já passaram pela cirurgia para a construção mamária, porém ainda precisam fazer o refinamento da plástica. Em alguns casos, não é possível preservar a aréola e o mamilo durante a mastectomia. Por isso, após a reconstrução da mama, conseguimos realizar o processo de tatuagem e pigmentação dos seios”, explica.
Segundo o Superintendente Geral da Fundação, Dr. Helder Yankous, essa ação é muito importante também para a Instituição, visto que fecha o ciclo do tratamento das pacientes. “O mutirão tem o objetivo também de ajudar as mulheres a resgatarem a identidade, feminilidade e a segurança. As tatuagens são feitas em menos de 40 minutos e utilizam da técnica em 3D para uma reconstrução mais harmoniosa esteticamente, o que permite que as pacientes possam recuperar a autoestima”, pontua.
O 5º Mutirão de Reconstrução de Mamilos e Aréolas com Técnicas de Tatuagem 3D conta com a participação voluntária das tatuadoras Lilian Rodrigues e Nilda Durães, as mastologistas da Fundação, Dra. Ana Carolina Guglielmelli e Dra. Shirley das Graças, além da Dra. Lúcia Aiko Homma, a instrumentadora Cleide Maria Elias e a equipe de auxiliares disponibilizadas pela instituição. Também são parceiros da ação a Socila, Electric Ink e Artefato Tattoo Suply.
Ainda não há data prevista para as próximas edições, mas elas vão ocorrer ainda neste ano, mas as pacientes podem ficar de olho nas redes sociais da FHSFA para saberem sobre as novas ações.
Reconhecimento e incentivo
O projeto de Reconstrução do complexo aréolo-mamilar pós-tratamento de câncer de mama com tatuagem tridimensional (3D) exclusivo, de autoria de Dra. Lucia Aiko Hamaji Homma, foi o vencedor na categoria Humanização/experiência do cliente do Prêmio CORE da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas).
O Superintendente Geral da FHSFA, Dr. Helder Yankous, destacou o quanto essa premiação é importante para divulgar o projeto e incentivar mais pessoas a apoiarem propostas assim. “Estamos construindo um SUS diferenciado para todo o estado de Minas Gerais, com qualidade, segurança e humanização. E essa mudança só é possível porque temos uma equipe da Oncologia muito engajada. Meu muito obrigado à Dra. Lúcia e a todos da Mastologia, Psicologia e Comissão de Humanização da Fundação”, destacou.
Dados sobre o Câncer de Mama na Fundação
No Hospital São Francisco de Assis, durante o ano de 2020 e até setembro de 2021, foram realizados 120 procedimentos cirúrgicos para a retirada do câncer de mama e 8.469 quimioterapias e radioterapias em pacientes.
O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, com aproximadamente 2,3 milhões de casos novos estimados em 2020, o que representa 24,5% dos casos novos por câncer em mulheres, conforme dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC).
No Brasil, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, após o câncer de pele não melanoma. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), em 2021, estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos da doença, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres. Por isso, é importante que mulheres sempre estejam atentas a qualquer alteração suspeita na mama e façam a mamografia de rastreamento anualmente a partir dos 40 anos.
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